A máscara da hipocrisia: aprendizados da solidão que a sociedade finge não enxergar

Homem com máscara de baile e mordaça sobreposta em cenário distópico com luzes de neon.

 As máscaras do cotidiano é o figurino exigido pelo pelo rosterista.

As máscaras do cotidiano é o figurino exigido pelo pelo rosterista;. Tem escola que ninguém se matricula, mas a vida faz questão de te colocar na primeira fileira. Essa escola se chama solidão. E foi nela que eu aprendi o que muita gente vive a vida inteira fingindo que não sabe. Aprendi sobre a máscara da hipocrisia, sobre o teatro social do “tô bem” quando tá tudo desmoronando, e sobre como o fingimento virou currículo obrigatório nas relações humanas.

Nesse texto, eu não vou te prometer conforto. Mas te garanto reflexão — e talvez um espelho.

                       As máscaras do cotidiano é o figurino mais usado no dia a dia.

A sociedade anda desfilando por aí com uma fantasia muito bem costurada. Tem gente que se veste de amigo, mas no fundo é espectador da sua queda. Outros se mascaram de empáticos, mas só pra garantir curtida e aprovação.

É o seguinte: a máscara da hipocrisia não é mais acessório, virou identidade. E o pior? Ninguém se incomoda. É como se mentir sobre si mesmo fosse o novo normal.

As redes sociais, então, são o desfile principal. Gente que posta sorrisos, mas dorme chorando. Casais que posam apaixonados, mas vivem em guerra. Influencers que “ensinam” felicidade, enquanto negociam até a alma por engajamento.

                                                              quem se afasta, vê melhor

A solidão me forçou a olhar com calma. Quando você para de ouvir o barulho da multidão, começa a escutar a sua própria voz — e ela costuma ser brutalmente sincera.

Foi nesse silêncio que percebi: muita gente não quer estar com você, quer se sentir bem por estar perto de você. Quer colher a sombra da sua árvore, mas nunca ajudou a plantar semente nenhuma.

A hipocrisia não está só no outro, tá na gente também. A gente tolera, aceita, finge não ver. Tudo pra manter o círculo social girando, mesmo que vazio.

                                                         fingimento virou política pública

Você já reparou que até os discursos mais sérios estão lotados de frases de efeito sem efeito nenhum? Os políticos, os artistas, os “formadores de opinião”… todo mundo virou vendedor de simpatia. E o povo? O povo compra — porque é mais fácil engolir mentira com voz bonita do que digerir uma verdade amarga.

E a mídia? Ah, essa virou agência de maquiagem da realidade. Edita, recorta, embeleza e entrega pra você mastigado. O resultado? Uma sociedade que vive de aparência e julga pela embalagem.

                                                                      a máscara pesa

Só quem já tentou manter uma pose por muito tempo sabe o quanto dói. Dói sorrir quando se quer chorar. Dói concordar quando o peito grita o contrário. E dói, principalmente, fingir ser alguém que não é — só pra caber num mundo que não tem espaço pra autenticidade. As máscaras do cotidiano é o figurino exigido pelo pelo rosterista da vida humana.

E por que a gente faz isso? Porque ser real afasta. Mas eu te digo: quem se afasta de você quando você mostra quem realmente é, nunca esteve do seu lado — só ao lado da sua performance.

                                                                 o preço da verdade

Tem gente que vai te chamar de louco só porque você resolveu tirar a máscara. Vão dizer que você mudou, que tá amargo, que ficou estranho. Mas a verdade é que você apenas parou de interpretar.

A liberdade vem cara. Custa rejeição, solidão e, às vezes, até medo. Mas o alívio que ela traz não tem preço. Ser quem você é, mesmo que sozinho, vale mais do que ser amado por um personagem.

                                                                 viva sem figurino

A máscara da hipocrisia ainda é moda, mas a tendência é passageira. Cada vez mais gente tá acordando, tirando as fantasias, e percebendo que viver de verdade é melhor do que encenar uma vida que não existe.

Se você tá cansado de fingir, seja bem-vindo. A solidão pode até ser seu primeiro abrigo, mas a liberdade será sua maior companhia.


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